quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Everybody Needs a lil bit of mud in their boots

Hoje fui dar um passeio com o meu irmão, soube-me bem,
Tenho a necessidade de me separar do betão, alcatrão e fumo que está mesmo á saída do meu prédio.


Vivo no meio de um 'dormitório' em ascensão, nos subúrbios de Lisboa.

Depois de 30 minutos a caminhar já se viam grandes porções de zonas verdes, o que eu gosto.

Mais estradas e Auto-estradas?..
Fomos tentar encontrar uma gruta da qual já ouvi falar, procurei como chegar lá na Internet. Mas como muitas coisas aqui, é um recurso que não está bem explorado, podia bem ser um grande atractivo para a zona e até gerar receitas para a população local, mas infelizmente vêem-se frigoríficos no meio da imensidão verde, e o barulho das máquinas a derrubar árvores e empurrar terra não muito longe daí. Tenho a impressão que o território não está protegido, que cada um faz o que lhe apetece. Poderia ser muito mais, mas é mais fácil não fazer nada e deixar o lixo acumular-se junto as aves migratórias que por ali passam.

In the middle of the circle

Encontramos um estranho e grande circulo de pedras e árvores numa planície, a primeira vista pareceu-me uma espécie de local de culto, sabia que haviam ruínas de uma vila romana por esta zona, mas penso que esse círculo é mais recente, e é utilizado, tinha restos de uma fogueira no meio, quero descobrir a história e o propósito daquilo, a minha curiosidade pede que assim seja, mas tenho a impressão que terá que ser outro dia, de noite.

Havia cavalos, vacas, bois, cabras, ovelhas, coelhos, etc, suponho que tenham dono e andem simplesmente a solta por aí e voltem para 'casa' depois? não sei bem como funciona a vida do campo, mas pareceram ter uma grande liberdade naquele território verdejante, mais uma vez mencionando os pneus, móveis e restos de obras que por ali se encontravam de vez em quando.

Vimos os restos de um moinho, pedras cortadas, poços, mas mesmo não tendo encontrado a gruta em si, foi um excelente passeio, chegamos a uma planície que do outro lado tinha uma rua de terra batida, decidimos atravessa-la, sem saber que estava encharcada. A certa altura as minhas botas já de si castanhas estavam cobertas em lama da mesma cor, os meus pés afundavam-se até depois do meu tornozelo. Enquanto andava nestas condições não conseguia tirar um sorriso parvo da minha cara, o mesmo que tenho agora.

E chego sempre a mesma conclusão, o que eu gosto de fazer é experimentar a vida, estar rodeada de natureza, fazer o que ainda não foi feito ou que ainda não fiz. Seize the day.


P.S- Agora vou fazer o bolo de camadas com o qual convenci o meu irmão a acompanhar-me...

Sem comentários:

Enviar um comentário